top of page

1ª Edição

No dia 26 de outubro de 2022 foram conhecidos os resultados dos prémios nacionais de arquitetura – FORMA 2022. Nesta 1ª edição participaram um total de 105 candidatos para as 5 categorias.

A cerimónia de entrega dos prémios realizada no Teatro Thalia, contou com a presença da Sua Excelência a Secretária de Estado da Habitação, Dra. Marina Gonçalves que fez as honras de abertura, destacando “o papel essencial dos arquitetos na garantia da qualidade da construção”.

1ª Edição

No dia 26 de outubro de 2022 foram conhecidos os resultados dos prémios nacionais de arquitetura – FORMA 2022. Nesta 1ª edição participaram um total de 105 candidatos para as 5 categorias.

A cerimónia de entrega dos prémios realizada no Teatro Thalia, contou com a presença da Sua Excelência a Secretária de Estado da Habitação, Dra. Marina Gonçalves que fez as honras de abertura, destacando “o papel essencial dos arquitetos na garantia da qualidade da construção”.

  •  

     

    Casa Azul

    Blue House

    Bak Gordon

     

    Vencedor

    Winner

    01. HOUSE IN GRÂNDOLA.PUB.BGA.jpg
    07. HOUSE IN GRÂNDOLA.PUB.BGA.jpg

    Construída no vasto território alentejano, a casa surge da figura de um extenso tanque adossado a um muro/ parede, voltado a sul, como se de uma caixa de resso nância de toda a paisagem se tratasse. Do outro lado do muro guardam-se espaços sociais da casa e duas salas de fresco, lugares de transição entre interior e exterior, fundacionais para esta vida quotidiana. Em torno de um pequeno pátio interior gravitam os dife rentes espaços privados. Toda a casa é revestida com argamassa de cal e isolada pelo exterior com cortiça. A forma e geometria dos es paços, as aberturas criteriosas e a emersão nessa ma terialidade emprestam a esta casa um sentido sensorial que dificilmente se reconhece pelas imagens.

    Built in the vast Alentejo territory, the house emerges from the figure of an extensive tank adjacent to a wall/ wall, facing south, as if it were a sounding board for the entire landscape. On the other side of the wall are the so cial spaces of the house and two frescoed rooms, transi tional spaces between interior and exterior, foundational for this daily life. Around a small interior courtyard, different private spa ces gravitate. The whole house is coated with lime mortar and insula ted from the outside with cork. The shape and geometry of the spaces, the judicious openings and the immersion in this materiality lend this house a sensorial sense that is hardly recognized by the images.

    02. HOUSE IN GRÂNDOLA.PUB.BGA.jpg

    Crédito de Imagem: Francisco Nogueira

    Finalistas:


    Casa no Castanheiro
    House in Castanheiro
    João Mendes Ribeiro


    Casa na Caniçada
    House in Caniçada
    José Manuel Carvalho Araújo

    Casa da Bica de Baixo
    House of Bica de Baixo
    Luísa Bebiano


    Casa no Tâmega Hugo Ferreira
    House in Tâmega Hugo Ferreira
    Nuno Melo Sousa Hugo Ferreira


  • 012.jpg
    003.jpg

     

     

    Bairro da Cruz Vermelha

    Cruz Vermelha Neighborhood

    Alexandre Saraiva Dias, Bruno Silvestre, Luís Spranger 

    Vencedor

    Winner

    Localizado na freguesia de Santa Clara, na periferia Norte de Lisboa, o novo Bairro da Cruz Vermelha é um bairro de habitação social integrado no Plano de Urbanização do Alto do Lumiar (PUAL), com o objetivo de realojar as famílias do bairro original da década de 60, melhorando as condições de habitação e do espaço público. A intervenção situa-se numa encosta acentuada, com declive de poente para nascente, limitada a norte pelo Bairro dos Sete Céus, a nascente pela Rua da Escola, a poente pela Rua Hein Semke e a sul pela Rua Rogério de Moura. O loteamento inclui 130 habitações, distribuídas em duas variações de um edifício tipo de até quatro pisos, com tipologias que vão de T1 a T4. A malha urbana proposta mantém as características existentes, criando uma nova rede de vias mistas para peões e automóveis, perpendiculares à Rua Rogério de Moura, conectando à Rua A, que articula a zona norte com o Bairro dos Sete Céus. A envolvente contempla dois espaços verdes para proteção ambiental e um espaço lúdico informal com arranjos paisagísticos. Escadas urbanas, inspiradas nas do centro histórico de Lisboa, ligam os novos arruamentos, aproveitando a topografia acentuada da cidade. A fragmentação volumétrica cria pequenas pracetas, complementadas com talhões cultiváveis que promovem a sustentabilidade urbana e interação social. A exceção das frações T3, todas as habitações têm acesso direto à rua, garantindo acessibilidade universal.

    Located in the parish of Santa Clara on Lisbon's northern outskirts, the new Cruz Vermelha Neighborhood is part of the Alto do Lumiar Urbanization Plan (PUAL), aiming to rehouse families from the original 1960s neighborhood. The development features 130 housing units, with two variations of a standard building type, offering T1 to T4 units across four floors. Set on a steep hillside, the project preserves existing urban characteristics while introducing a new grid of mixed-use streets for pedestrians and vehicles. Two green spaces and recreational areas are incorporated for environmental and social benefits. Urban staircases and fragmented volumes create small squares, promoting sustainable living and social interaction. Most homes offer direct street access, ensuring universal accessibility.

    Crédito de Imagem: do mal o menos

    013.jpg

    Finalistas:

    Pinto Bessa II
    Pinto Bessa II
    Carlos Azevedo, João Crisóstomo e Luís Sobral


    Carvalheiras
    Carvalheiras
    Coletivo Parqur Arquitetos

    Edifício de Hab. Campo de Ourique
    Housing building. Campo de Ourique
    Gonçalo Nobre da Veiga e Pedro Alte da Veiga


    Marechal 720
    CORREIA e RAGAZZI ARQUITECTOS

  • 35BibliotecaGrândola © francisco nogueira.jpg
    15BibliotecaGrândola © francisco nogueira.jpg
    01BibliotecaGrândola © francisco nogueira.jpg

     

     

    Biblioteca e Arquivo do Município de Grândola

    Library and Archive of the Municipality of Grândola, Portugal

    Pedro Matos Gameiro, Pedro Domingos

    Vencedor

    Winner

    A Biblioteca de Grândola torna-se o novo epicentro da vila, em contraponto ao ambiente urbano. Acedida por entre 28 palmeiras, resgata a memória dos antigos exemplares do local. O edifício apresenta-se como um corpo sólido e claro, com um pátio central onde o som da água e as galerias proporcionam sombra e proteção. No piso inferior, encontram-se áreas comuns e a sala de leitura infantil; no superior, o arquivo municipal e a sala de leitura para adultos.

    A geometria do edifício, com paredes espessas, harmoniza-se com a arquitetura vernacular e o calor meridional. As paredes brancas mantêm o interior fresco, enquanto o exterior em mármore refresca o pátio. O sistema de arrefecimento passivo distribui o ar para o interior, criando um ambiente de conforto. O edifício oferece proteção, sombra e frescura, sendo um espaço sagrado sob o sol, que convida à descoberta, como os livros que abriga.

    The Grândola Library becomes the new central point of the town's public spaces, located near a renovated Praça da República. Accessed through 28 palm trees, a tribute to the original trees, the building contrasts with the urban environment. Inside, the sound of running water leads visitors to the main courtyard, surrounded by galleries that guide the flow of the space and provide shade.

    The building’s design, with thick walls, harmonizes with local vernacular architecture and the southern heat. These walls reflect light, keeping the interior cool and demonstrating vernacular wisdom. The marble exterior acts as a vessel for earth and water, providing passive cooling.

    The layout includes areas for municipal archives, exhibition halls, a children's reading room, and a multipurpose space. The library’s design creates a sacred, serene environment under the sun, inviting discovery, much like the books it houses.

    Crédito de Imagem: Francisco Nogueira, Jorge Pereira

    Finalistas:

    Centro de Treinos do Estádio Municipal de Aveiro
    Aveiro Municipal Stadium Training Center
    Samuel Gonçalves arquiteto

    Adega Açores Wine Company
    Adega Azores Wine Company
    Inês Vieira da Silva, Miguel Vieira, Daniel Rosbottom e David Howarth

    Colégio CLF
    CLF College
    Pedro Miguel Mosca e Pedro Gonçalves

    Bar Pavilhão
    Bar Pavilion
    Bak Gordon

  • 12_d21a6815_r.jpg
    03_d21a7010_r.jpg
    01_D21A6950.jpg

     

     

    Percurso Acessível à Basílica da Estrela

    Accessible Route to the Estrela Basilica

    Paulo Tormenta Pinto

    Vencedor

    Winner

    O novo percurso acessível à Basílica da Estrela é uma intervenção discreta e cuidadosa, implantada num espaço vazio contíguo ao templo. O projeto consiste numa operação topográfica subtil, construída com blocos de pedra, na continuidade do adro monumental da Basílica.

    A Basílica da Estrela, Monumento Nacional, foi projetada no século XVIII pela Rainha Dona Maria I, com os arquitetos da escola de Mafra. Inicialmente, o projeto incluía uma praça real com a estátua da Rainha, mas a construção foi interrompida pela guerra. A intervenção aproveita o estado incompleto do edifício, criando um planalto feito de pedra lioz, o mesmo material do monumento. As grandes árvores tipuana tipu, que caracterizam o local, foram integradas no projeto, formando uma colunata natural. Um longo banco delimita o novo caminho acessível, criando um espaço de contemplação neste jardim romântico, com espécies originárias das ex-colónias portuguesas.

    The new accessible route to the Basilica da Estrela is a subtle intervention within an empty space adjacent to the temple. It involves a topographic operation with stone blocks, extending the monumental churchyard. The Basilica, a National Monument, is the centerpiece of the former Convent of the Most Holy Heart of Jesus, designed in the late 18th century. Although plans for a royal square and additional buildings were interrupted by war, the intervention takes advantage of the unfinished structure. It creates a plateau with limestone blocks and integrates the large tipuana tipu trees, forming a natural colonnade. A long bench marks the new accessible path, offering a space for contemplation in this romantic garden.

    Crédito de Imagem: Inês d’Orey

    Finalistas:

    Passagem Pedonal
    Pedestrian Crossing
    Paulo David Abreu Andrade

    Escadas Monte dos Judeus
    Monte dos Judeus Stairs
    Carlos Azevedo, João Crisóstomo e Luís Sobral

    Auditório CCB
    CCB Auditorium
    Bak Gordon

    Requalificação Espaços Exteriores
    Exterior Space Requalification
    Alameda do Beato, Paulo Serôdio Lopes e Orgânica

  • MESA_JANELAS VERDES_01.jpg
    MESA_JANELAS VERDES_21.jpg
    MESA_JANELAS VERDES_20.jpg

     

     

    Casa das Janelas Verde

    Green Windows House

    Paulo Dias, João Varela e Ana Isabel Santos

    Vencedor

    Winner

    As Janelas Verdes representam, para além da sua localização e arquitetura, um "tipo social" retratado por Eça de Queirós. O bairro, que recebeu a corte vinda do Brasil no século XVIII, é um dos mais históricos e qualificados de Lisboa, com várias embaixadas e edifícios públicos. A "Casa das Janelas Verdes" é a reconversão de uma galeria de arte dos anos 60 para habitação permanente, mantendo a fachada com cantarias preservadas e caixilharia adaptada ao novo uso, com janelas oscilo-batentes. O interior da habitação manteve a estrutura original e usou materiais nobres como madeira e pedra natural, com foco na contenção de custos. A cozinha, situada na transição entre os espaços social e privado, também funciona como átrio. O corrimão metálico verde, que acompanha a escada, liga a casa ao ambiente do bairro. No piso inferior, o programa é em planta livre, com aberturas reduzidas e espaços com armários integrados, privilegiando a luminosidade e a privacidade.

    The Janelas Verdes neighborhood, historically significant, was home to old families and became one of Lisbon's most prestigious areas after receiving the 18th-century court from Brazil. It is known for its social and architectural value, with embassies and public buildings in noble houses, such as the Museum of Ancient Art. The "Casa das Janelas Verdes" is a conversion of the former art gallery "Shiki Miki" into permanent housing. The project preserved the original stonework and adapted the window frames for greater security, privacy, and ventilation. Inside, the structure remained, focusing on cost containment and using noble materials like wood and stone. The kitchen, designed as an atrium, connects the house to the street, and a green-painted metal handrail guides the way. The lower floor is open-plan, with minimal openings to maintain privacy. The design integrates storage and technical areas, and the bathroom was expanded for comfort. The spaces are designed to maximize light while maintaining privacy, and future modifications, like curtains, can be added if necessary.

    Crédito de Imagem: Ana Isabel Santos

    Finalistas:

    Na travessa
    Na travessa
    Carlos Azevedo, João Crisóstomo, Luís Sobral e Ângela Meireles

    Casa em Rates
    House in Rates
    Hugo Barros

    Casa na Mora
    House in Mora
    David Ramos Bilo e Filipe Gonçalves Pina

    Praça Mercado Municipal de Braga
    Braga Municipal Market Square
    Luis Santos

  • ME_Radio_Antecamara_Pedro Campos Costa.jpg

    Rádio Antecâmara

    Pedro Campos Costa

    Menção Especial Inovação em Arquitetura

  • ME_Investigacao_Alexandra_Paio.jpg

    Alexandra Paio

    Menção Especial Ensino e Investigação

  • ME_Carreira_Bartolomeu Costa_Cabral.jpg

    Mestre da FORMA

    Bartolomeu da Costa Cabral

    Menção Especial Carreira

  •  

     

    Casa Azul

    Blue House

    Bak Gordon

     

    Vencedor

    Winner

    01. HOUSE IN GRÂNDOLA.PUB.BGA.jpg
    07. HOUSE IN GRÂNDOLA.PUB.BGA.jpg
    02. HOUSE IN GRÂNDOLA.PUB.BGA.jpg

    Construída no vasto território alentejano, a casa surge da figura de um extenso tanque adossado a um muro/ parede, voltado a sul, como se de uma caixa de resso nância de toda a paisagem se tratasse. Do outro lado do muro guardam-se espaços sociais da casa e duas salas de fresco, lugares de transição entre interior e exterior, fundacionais para esta vida quotidiana. Em torno de um pequeno pátio interior gravitam os dife rentes espaços privados. Toda a casa é revestida com argamassa de cal e isolada pelo exterior com cortiça. A forma e geometria dos es paços, as aberturas criteriosas e a emersão nessa ma terialidade emprestam a esta casa um sentido sensorial que dificilmente se reconhece pelas imagens.

    Built in the vast Alentejo territory, the house emerges from the figure of an extensive tank adjacent to a wall/ wall, facing south, as if it were a sounding board for the entire landscape. On the other side of the wall are the so cial spaces of the house and two frescoed rooms, transi tional spaces between interior and exterior, foundational for this daily life. Around a small interior courtyard, different private spa ces gravitate. The whole house is coated with lime mortar and insula ted from the outside with cork. The shape and geometry of the spaces, the judicious openings and the immersion in this materiality lend this house a sensorial sense that is hardly recognized by the images.

    Crédito de Imagem: Francisco Nogueira

    Finalistas:

     

    Casa no Castanheiro
    House in Castanheiro
    João Mendes Ribeiro

    Casa na Caniçada
    House in Caniçada

    José Manuel Carvalho Araújo

    03-VALEFLOR-JOSE CAMPOS.jpg
    NUD09455 (1).jpg
    10_Exterior_Sul_02.jpg
    TAMEGA_HOUSE_ON_GOING_HIGH-14.jpg

     

     

    Casa da Bica de Baixo
    House of Bica de Baixo

    Luísa Bebiano

    Casa no Tâmega Hugo Ferreira
    House in Tâmega Hugo Ferreira

    Nuno Melo Sousa Hugo Ferreira

  • 012.jpg
    003.jpg
    013.jpg

     

     

    Bairro da Cruz Vermelha

    Cruz Vermelha Neighborhood

    Alexandre Saraiva Dias, Bruno Silvestre, Luís Spranger 

    Vencedor

    Winner

    Located in the parish of Santa Clara, on the northern outskirts of Lisbon, the new Cruz Vermelha Neighborhood is a social housing district integrated into the Alto do Lumiar Urbanization Plan (PUAL). This project aims to rehouse families from the original neighborhood of the same name, built in the second half of the 1960s in the Lumiar parish, significantly improving housing conditions and public spaces.

    The intervention is set on a steeply sloped hillside, inclining from west to east, bordered to the north by the Sete Céus Neighborhood, to the east by Rua da Escola, to the west by Rua Hein Semke, and to the south by Rua Rogério de Moura.

    The development consists of 130 housing units, distributed in two variations of a standard building type with a maximum of four floors, offering typologies ranging from T1 to T4.

    The proposed urban layout seeks to preserve existing urban and morphological characteristics while introducing a new grid of mixed-use streets for both pedestrians and vehicles. These streets run perpendicular to Rua Rogério de Moura and connect to Rua A, which in turn links the neighborhood to the Sete Céus Neighborhood to the north.

    The surrounding area features two designated green spaces, designed to create a tree-lined buffer for environmental protection, as well as an informal recreational area with planned landscaping.

    As seen in the Boavista and Padre Cruz Neighborhoods, urban staircases emerge between the buildings to connect the new streets, evoking the historic stairways of Lisbon’s old town, where the urban experience is shaped by the city's steep topography.

    Here, too, the fragmented volumetry generates a series of small urban squares, enriched by the integration of cultivable plots that promote sustainable urban living and social interaction among residents. These outdoor spaces serve as transitional pockets, mediating between the urban scale of the city and the domestic scale of the residences.

    With the exception of the T3 units, all homes have direct access from the street, both at the higher and lower ground floor levels, ensuring universal accessibility.

    Localizado na freguesia de Santa Clara, na periferia Norte de Lisboa, o novo Bairro da Cruz Vermelha é um bairro de habitação social integrado no Plano de Urbanização do Alto do Lumiar (PUAL). Este projeto tem como objetivo realojar as famílias do bairro original com o mesmo nome, construído na segunda metade da década de 60 na freguesia do Lumiar, melhorando significativamente as condições da habitação e do espaço público.

    A intervenção implanta-se numa encosta de declives acentuados com inclinação de poente para nascente, limitada, a norte, pelo Bairro dos Sete Céus, a nascente pela Rua da Escola, a poente pela Rua Hein Semke e a sul pela Rua Rogério de Moura.

    O loteamento é composto por 130 habitações, distribuídas em duas variações de um edifício tipo com um máximo de quatro pisos e com tipologias que variam de T1 a T4.

    A malha urbana proposta procura manter as características urbanas e morfológicas existentes, ao mesmo tempo que cria uma nova grelha de vias de atravessamento de utilização mista para peões e automóveis, perpendiculares à Rua Rogério de Moura e que desembocam na Rua A que, por sua vez, estabelece a articulação a norte com o Bairro dos Sete Céus.

    Na envolvente são criadas duas áreas destinadas a espaço verde de enquadramento, de forma a criar uma barreira arborizada e de proteção ao ambiente urbano, e um espaço lúdico informal onde se preveem também arranjos paisagísticos.

    Tal como nos Bairros da Boavista e Padre Cruz, escadas urbanas surgem entre os volumes para ligar os novos arruamentos, numa evocação das escadas do centro histórico de Lisboa, onde a experiência do espaço urbano é caracterizada pela topografia acentuada da cidade.

    Também aqui, a fragmentação volumétrica produz uma série de pracetas urbanas de pequena escala, valorizadas pela integração de talhões cultiváveis que promovem a vida urbana sustentável e a interação social entre os moradores. Estes espaços exteriores funcionam como bolsas de transição, mediadoras entre a escala urbana da cidade e a escala doméstica das residências.

    À exceção das frações de tipologia T3, todas as habitações são diretamente acessíveis a partir da rua, quer à cota alta bem como à cota baixa dos pisos térreos, garantindo a acessibilidade universal.

    Crédito de Imagem: do mal o menos

    Finalistas:

     

    Pinto Bessa II
    Pinto Bessa II
    Carlos Azevedo, João Crisóstomo e Luís Sobral

    Carvalheiras
    Carvalheiras

    Coletivo Parqur Arquitetos

    Pinto Bessa II 2.jpg
    Carvalheiras_20210615-5055.jpg
    01.JPG
    JC_14.jpg

    Edifício de Hab. Campo de Ourique
    Housing  buildingCampo de Ourique

    Gonçalo Nobre da Veiga e Pedro Alte da Veiga

    Marechal 720
    CORREIA e RAGAZZI ARQUITECTOS

  • 35BibliotecaGrândola © francisco nogueira.jpg
    15BibliotecaGrândola © francisco nogueira.jpg
    01BibliotecaGrândola © francisco nogueira.jpg

     

     

    Biblioteca e Arquivo do Município de Grândola

    Library and Archive of the Municipality of Grândola, Portugal

    Pedro Matos Gameiro, Pedro Domingos

    Vencedor

    Winner

    The Grândola Library establishes itself as the new epicenter of the town’s public spaces. The building and the renovated Praça da República are now reference elements, in contrast to the urban continuum. The building is accessed through a set of 28 palm trees that bring back the memory of the former specimens of this place, meanwhile slaughtered. These new palm trees constitute the defining elements of the new structure of Praça da República, now purged of all noisy and conflicting elements, which were removed here in the search for a more peaceful order.

    The building seeks to constitute itself as a clear, solid, and identifiable body. Once inside, the noise is replaced by the delicate sound of running water that, in the fountain, signals the arrival in the main room of the complex – the courtyard. The galleries, arranged around them, generate paths that promote a gradual adaptation of scale, providing protection and shade, guiding the path that surrounds the gravel yard and the jacaranda tree that is planted there.

    The patio extends the scope of action of the reference program, creates a break, and precedes the function, which gravitates around this large space open to the sky. Downstairs is the reception space, strategically located between the common areas – the exhibition halls and a multipurpose room. Also on this floor is the children’s reading room, in direct connection with the patio. Upstairs are the areas for the municipal archives and the reading room for adults, which opens onto a balcony overlooking the square, where the previously experienced gaze returns.

    The building results from a geometry that generates very thick walls that harmonize with the local vernacular constructions and the southern heat. The only apparently excessive thickness seeks a certain timelessness and reinforces the patio’s protective ideals. The building suggests a sense of belonging to the place, in a territory where sunlight must be tamed: the white walls reflect the light, and their thickness insulates and keeps the interior fresh – an evidence of vernacular wisdom.

    The sculpted exterior reveals its nature in marble, a material that becomes the vessel for earth and water, whose murmur refreshes the entire courtyard. The different heights of the gallery allow the stratification of the air, which is sent inside through a passive cooling system. As opposed to the exterior spaces, the interior seeks greater restraint in the parsimonious arrangement of basic materials that offer the desired atmosphere of comfort – visible in the smooth acoustic plaster with cork aggregates found on the walls.

    The whole set seeks protection, shade, freshness, and silence, being a sacred place under a scorching sun. In its abstract form of thick walls and southern whiteness, it seeks to keep the mystery and build routes of discovery, similar to the books it contains.

    A Biblioteca de Grândola estabelece-se como o novo epicentro dos espaços públicos da vila. O edifício e a renovada Praça da República constituem-se agora como elementos de referência, em contraponto ao contínuo urbano. Acede-se ao edifício por entre o conjunto de 28 palmeiras que retomam a memória dos antigos exemplares deste lugar, entretanto abatidos. Estas novas palmeiras constituem-se como elementos definidores da nova estrutura da Praça da República, agora expurgada de todos os elementos ruidosos e conflituantes, que aqui foram removidos na busca de uma ordem mais pacificada.

    O edifício procura constituir-se como um corpo claro, sólido e identificável. Uma vez no interior, o ruído é substituído pelo delicado som da água corrente que, na fonte, assinala a chegada à sala principal do conjunto – o pátio. As galerias, dispostas em seu redor, geram percursos que promovem uma gradual adequação de escala, suscitando proteção e sombra, pautando o percurso que circunda o terreiro de saibro e o jacarandá que aí se acha plantado.

    O pátio alarga o âmbito de ação do programa de referência, cria a pausa e antecede a função, que gravita em torno deste grande recinto aberto ao céu. Em baixo acha-se o espaço de recepção, estrategicamente localizado entre as áreas comuns – as salas para exposições e uma sala multiusos. Também neste piso se encontra a sala de leitura de crianças, em relação direta com o pátio. Em cima acham-se as áreas do arquivo municipal e a sala de leitura de adultos, que abre para uma varanda sobranceira à praça para onde devolve o olhar antes experimentado.

    O edifício resulta de uma geometria que gera paredes muito espessas que se harmonizam com as construções vernaculares locais e com o calor meridional. A espessura, só aparentemente excessiva, procura uma certa intemporalidade e reforça o ideário protetor do pátio. O edifício sugere uma sensação de pertença ao lugar, num território em que a luz do sol deve ser domesticada: as paredes brancas refletem a luz e a sua espessura isola e mantém a frescura no interior – uma evidência da sabedoria vernacular.

    O exterior esculpido revela a sua natureza no mármore, matéria que se torna o recipiente para a terra e a água, cujo murmúrio refresca todo o pátio. Os diferentes pés-direitos da galeria permitem a estratificação do ar, que é enviado para o interior através de um sistema de arrefecimento passivo. Por oposição aos espaços exteriores, o interior procura uma maior contenção na disposição parcimoniosa de materiais elementares que oferecem o desejado ambiente de conforto – visível no suave reboco acústico com agregados de cortiça que se encontram nas paredes.

    Todo o conjunto busca proteção, sombra, frescura e silêncio, sendo um lugar sagrado sob um sol abrasador. Na sua abstracta forma de paredes grossas e meridional brancura, procura guardar o mistério e construir percursos de descoberta, à semelhança dos livros que encerra.

    Crédito de Imagem: Francisco Nogueira, Jorge Pereira

    Finalistas:

     

    Centro de Treinos do Estádio Municipal de Aveiro
    Aveiro Municipal Stadium Training Center
    Samuel Gonçalves arquiteto

    Adega Açores Wine Company
    Adega Azores Wine Company

    Inês Vieira da Silva, Miguel Vieira, Daniel Rosbottom e David Howarth

    020 ©Fernando Guerra - FG SG (1).jpg
    03 AzoresWineCompany5059.jpg
    IMAGENS_PMPG_COLEGIO CLF (2).jpg
    01.Bar&Pavilion in Belém, 2020.HR.jpg

    Colégio CLF
    CLF College

    Pedro Miguel Mosca e Pedro Gonçalves

    Bar Pavilhão
    Bar Pavilion

    Bak Gordon

  • 12_d21a6815_r.jpg
    03_d21a7010_r.jpg
    01_D21A6950.jpg

     

     

    Percurso Acessível à Basílica da Estrela

    Accessible Route to the Estrela Basilica

    Paulo Tormenta Pinto

    Vencedor

    Winner

    The new accessible route to the Basilica da Estrela is a surgical and silent intervention, set within an empty space adjacent to the temple. The project consists of a subtle topographic operation, constructed with stone blocks, extending the monumental churchyard of the Basilica.

    The Estrela Basilica, considered a National Monument, is the focal point of the former Convent of the Most Holy Heart of Jesus. The complex was designed at the end of the 18th century by order of Queen Dona Maria I. Mateus Vicente de Oliveira and Reinaldo Manuel, at different times, were the architects from the Mafra school in charge of this ambitious project. Following a late Baroque style, the building's design envisioned a symmetrical composition. In the initial plans, the Basilica, with its dome and two belfry towers, was to occupy a prominent position. A royal square, with a statue of the Queen, was also planned to be built in front of the Basilica to enhance its monumentality. However, the Peninsular War and the subsequent Liberal Wars led to the interruption of construction. The north wing of the convent and the square were never built. Instead, an exotic garden took their place.

    The new intervention capitalizes on the unfinished state of the building, creating a plateau made of limestone blocks, the same material used in the monument. The large tipuana tipu trees, which characterize the location, were integrated into the design. The trunks of these majestic trees evoke a colonnade, guiding the new architectural promenade. A long bench defines the new accessible path, inviting visitors to pause and reflect in this romantic garden, filled with species brought from the former Portuguese colonies in Africa and Brazil.

    O novo percurso acessível à Basílica da Estrela é uma intervenção cirúrgica e silenciosa, implantada num espaço vazio contíguo ao templo. O projeto consiste numa operação topográfica subtil, construída com blocos de pedra, na continuidade do monumental adro da Basílica.

    A Basílica da Estrela, considerada Monumento Nacional, é a peça central do antigo Convento do Santíssimo Coração de Jesus. O conjunto foi projetado no final do século XVIII pela ordem da Rainha Dona Maria I. Mateus Vicente de Oliveira e Reinaldo Manuel, em épocas diferentes, foram os arquitetos da escola de Mafra que se encarregaram desta ambiciosa intervenção. Seguindo um estilo barroco tardio, o projeto do edifício previa uma composição simétrica. Nos planos iniciais, a Basílica, com a sua cúpula e as duas torres de campanário, ocuparia um lugar de relevo. Uma praça real com a estátua da Rainha também foi projetada para ser construída em frente à Basílica, com o objetivo de reforçar sua monumentalidade. A guerra peninsular e depois as lutas liberais impuseram a interrupção da construção. A ala norte do convento e a praça nunca foram construídas. Em vez disso, um jardim exótico ocupou essas áreas.

    A nova intervenção tira partido do estado incompleto do edifício, promovendo um planalto, construído com blocos de pedra de lioz, o mesmo material utilizado no monumento. As grandes árvores tipuana tipu, que caracterizam o local, foram integradas no projeto. Os troncos dessas majestosas árvores sugerem uma colunata que acompanha a nova promenade arquitetônica. Um longo banco delimita o novo caminho acessível, convidando a um momento contemplativo neste jardim romântico, repleto de espécies trazidas das ex-colónias portuguesas da África e do Brasil.

    Crédito de Imagem: Inês d’Orey

    Finalistas:

     

    Passagem Pedonal
    Pedestrian Crossing
    Paulo David Abreu Andrade

    Escadas Monte dos Judeus
    Monte dos Judeus Stairs

    Carlos Azevedo, João Crisóstomo e Luís Sobra

    P6211886_mod.jpg
    monte dos judeus 4.jpg
    CCB_BakGordon1542.jpg
    foto9.jpg

    Auditório CCB
    CCB Auditorium

    Bak Gordon

    Requalificação Espaços Exteriores
    Exterior Space Requalification

    Alameda do Beato, Paulo Serôdio Lopes e Orgânica

  • MESA_JANELAS VERDES_01.jpg
    MESA_JANELAS VERDES_21.jpg
    MESA_JANELAS VERDES_20.jpg

     

     

    Casa das Janelas Verde

    Green Windows House

    Paulo Dias, João Varela e Ana Isabel Santos

    Vencedor

    Winner

    The Janelas Verdes represent (in the way that Eça de Queiroz is master) more than location or palace, “a social type”. Place of old families, it receives the court coming from Brazil in the 18th century and becomes one of the most qualified historic neighborhoods in Lisbon. In addition to the social and architectural interest (which is of interest to the characterization of Os Maias), there are several embassies and public buildings installed in noble houses or convents, such as the Museum of Ancient Art. Until the beginning of the pandemic, the neighborhood was animated by tourist interest and the appearance of design stores, art schools, and exhibition spaces. “Casa das Janelas Verdes” deals with the reconversion to permanent housing of one of these spaces that was left unoccupied – the art gallery “Shiki Miki” – located on the ground floor of a building with current architecture from the 60s, designed by Arq. José Marques de Brito, according to the Lisbon Municipal Archive. From the outside, the existing stonework was preserved and the frame design was adapted to the new use, which is now set back in relation to the facade plane and with tilt-and-turn windows, which provides greater security, privacy, ventilation, thermal protection, and acoustics. The entire structure is painted in dark green, and in the remaining space, flower pots for planting herbs were integrated, in reference to the architectural values of the place. Inside, the intervention was quite punctual and aimed at cost containment. The supporting structure of the building was maintained, the location of the technical staff, the existing water points, and the use of noble materials such as wood or natural stone were privileged. In the transition to the interior and privileged connection to the street, in the most exposed, illuminated, and ventilated space of the house, the kitchen appears, which also functions as an atrium. Here, the presence and delicacy of the design of the metallic handrail painted in green, which accompanies the access by stairs to the lower floor, establishes the ultimate relationship with the street and the characteristic environment of the neighborhood and serves as a transition between social and private spaces. In the transition, the wall plan that accompanies the stair access develops in a curve and reveals the lower floor. And finally, next to the access to the sanitary installation, the technical areas and storage were accommodated, both hidden by a curtain. In the sanitary installation, an attempt was made to expand the shower space and provide comfort to the space, through the use of wooden cabinets and natural stone countertops. On this floor, the rest of the program is distributed in a free plan. The openings are reduced, and all floor and wall planes are painted white. This option makes it possible to reflect light into the space without compromising privacy. In the empty spaces, between the structure, cupboards are added, favoring the free enjoyment of the space, reducing the dissonant elements. In the future, if necessary, curtains can be added to separate spaces, as indicated in the project.

    As Janelas Verdes representam (na forma que Eça de Queiroz é mestre) mais do que localização ou palácio, “um tipo social”. Lugar de famílias antigas, recebe a corte vinda do Brasil no séc. XVIII e torna-se num dos bairros históricos mais qualificados de Lisboa. Além do interesse social e arquitetónico (que interessa à caracterização d’Os Maias), encontram-se aqui várias embaixadas e edifícios públicos instalados em casas nobres ou conventos, como o Museu de Arte Antiga. Até ao início da pandemia, o bairro anima-se pelo interesse turístico e aparecimento de lojas de design, escolas de arte e espaços de exposições. A “Casa das Janelas Verdes” trata a reconversão para habitação permanente de um desses espaços que ficou desocupado – a galeria de arte “Shiki Miki” – localizada no piso térreo, de um edifício de arquitetura corrente dos anos 60, projetado pelo Arq. José Marques de Brito, conforme consulta ao Arquivo Municipal de Lisboa. Pelo exterior, conservaram-se as cantarias existentes e adaptou-se o desenho da caixilharia ao novo uso, que se apresenta agora recuada em relação ao plano da fachada e com janelas oscilo-batentes, o que confere maior segurança, privacidade, ventilação, proteção térmica e acústica. Toda a estrutura é pintada à cor verde-escuro e, no espaço sobrante, integraram-se floreiras para plantação de aromáticas, em referência aos valores arquitetónicos do local. Pelo interior, a intervenção foi bastante pontual e direcionada para a contenção de custos. Manteve-se a estrutura portante do edifício, a localização dos quadros técnicos, os pontos de água existentes e privilegiou-se o emprego de materiais nobres como a madeira ou a pedra natural. Na transição para o interior e ligação privilegiada à rua, no espaço mais exposto, iluminado e ventilado da habitação, surge a cozinha, que funciona também como átrio. Aqui, a presença e delicadeza do desenho do corrimão metálico pintado a verde, que acompanha o acesso por escada ao piso inferior, estabelece a última relação com a rua e ambiente característico do bairro e serve a transição entre os espaços social e privado. Na transição, o plano de parede que acompanha o acesso por escada desenvolve-se em curva e revela o piso inferior. E, por fim, junto ao acesso à instalação sanitária, acomodaram-se as áreas técnicas e os arrumos, ambos ocultos por cortina. Na instalação sanitária, procurou-se ampliar o espaço de duche e conferir conforto ao espaço, pelo uso dos armários em madeira e bancada em pedra natural. Neste piso, o restante programa distribui-se em planta livre. As aberturas são reduzidas e todos os planos de pavimento e parede são pintados a branco. Esta opção possibilita a reflexão da luz no espaço, sem comprometer a privacidade. Nos espaços vazios, entre a estrutura, adicionam-se armários, privilegiando a fruição livre pelo espaço, diminuindo os elementos dissonantes. No futuro, caso exista necessidade, podem adicionar-se cortinas para separação dos espaços, conforme indicado em projeto.

    Crédito de Imagem: Ana Isabel Santos

    Finalistas:

    Na travessa
    Na travessa
    Carlos Azevedo, João Crisóstomo, Luís Sobral e Ângela Meireles

    Casa em Rates
    House in Rates

    Hugo Barros

    Na Travessa 3.jpg
    07.00_MG_6042_X.jpg
    20220121-FILIPE-PINA-DAVID-BILO-CASA-NA-MORA-GUARDA-124.jpg
    18.jpg

    Casa na Mora
    House in Mora

    David Ramos Bilo e Filipe Gonçalves Pina

    Praça Mercado Municipal de Braga
    Braga Municipal Market Square

    Luis Santos

  • ME_Radio_Antecamara_Pedro Campos Costa.jpg

    Rádio Antecâmara

    Pedro Campos Costa

    Menção Especial Inovação em Arquitetura

  • ME_Investigacao_Alexandra_Paio.jpg

    Alexandra Paio

    Menção Especial Ensino e Investigação

  • ME_Carreira_Bartolomeu Costa_Cabral.jpg

    Mestre da FORMA

    Bartolomeu da Costa Cabral

    Menção Especial Carreira

bottom of page